CLASSICOS GARIMPADOS (coquetéis esquecidos e cheios de histórias)
por DANIEL DE MESQUITA BENEVIDES
Todos conhecem os clássicos Dry Martini e Manhattan. Mas há uma variedade enorme de coquetéis esquecidos e mal aproveitados, relegados a livros especializados e balcões vintage.
Por isso, resolvemos resgatar alguns deles, com uma seleção que levou em conta não apenas o sabor, mas também a história que trazem consigo. Conheça e experimente!
FIRST WORD – o Last Word surgiu no começo do século 20. O nome faz referência ao ator Frank Fogarty, que era conhecido pelo capricho com a “última palavra”, aquela que arrebatava o público no final da apresentação. O First Word é a melhor variação do Last Word. E a melhor forma de começar essa carta nova.
MAN O’WAR – a origem deste coquetel é desconhecida, mas o nome deriva de um cavalo vencedor. O Man O’War ganhou 20 das 21 partidas que disputou entre 1919 e 1920. Correndo por fora, este drinque também chega em primeiro lugar, um campeão dos sabores.
FRENCH 75 – diz a lenda que este coquetel surgiu nas trincheiras da Primeira Guerra. Os soldados franceses e ingleses tinham gim e champanhe à disposição. Juntaram os dois, acrescentaram o limão e fizeram a festa, nas tréguas entre as batalhas. Na falta de taças, tomavam a mistura nas cápsulas vazias dos mísseis. O nome vem de um canhão particularmente eficaz. O French 75 também faz uma ponta em “Casablanca”.
BACARDI SPECIAL – A Lei Seca, proibindo a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos EUA, durou de 1920 a 1933. Pouco antes, em 1917, surgiu em Cuba o Bacardi Cocktail. O país caribenho era então destino turístico para estadunidenses que queriam jogar nos cassinos e tornou-se opção turística para se beber legalmente durante a Lei Seca. O Bacardi Cocktail era uma preferência, depois do Daiquiri. O Bacardi Special, variação melhorada do original, surgiu nessa época.
SCOFFLAW – em 1924, o jornal Chicago Tribune ofereceu 200 dólares, então uma quantia considerável, para quem criasse o melhor termo para designar a pessoa que burlasse a vigente Lei Seca. Ganhou o Scofflaw, que passou a ser usado tanto no sentido condenatório quanto no elogioso. O coquetel de mesmo nome foi criado no mesmo ano, no Maxim’s Bar de Paris.
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